domingo, 31 de maio de 2009

COPA DE 2014: A COPA DO BRASIL!


Para começo de história é um absurdo o Brasil se candidatar a sediar a copa enquanto temos tantos problemas socioeconômicos a serem resolvidos. Mas é claro que o futebol é muito mais importante do que a fome, a pobreza, e todos os problemas de saúde do nosso povo. Com certeza milhões serão gastos para que a infra-estrutura necessária seja criada para sediar a copa, e é engraçado como não se fala em falta de dinheiro para realizar este tipo de coisa, enquanto que para saúde, moradia e tudo mais, nunca se tem os recursos necessários. Será que talvez não seria porque com grandes obras a serem realizadas nos estádios cria-se maiores oportunidades para a roubalheira do governo? Ou será porque com um evento deste porte tira-se o foco dos reais problemas brasileiros e providencia-se um entretenimento para que o povo esqueça um pouco a barriga vazia e delicie-se com o talento dos nossos jogadores que por sinal já ganham muito bem. Totalmente fora da realidade. Não esta na hora deste povo acordar?

Mas já que a escolha foi tomada, e vamos ser a sede...

Eis uma indignação de um cidadão amazônico. Expresso aqui a total sensação de excluído. Pela enésima vez o Norte do Brasil fica com apenas um pedaço da fatia nacional em um evento grandioso, como será a Copa de 2014.

Não desprezo a candidatura nem a vitória das cidades. Todas são merecedoras. Entretanto, fica explícito o modo defasado de divisão onde os jogos serão disputados. Nota-se que o Centro-Sul, não desmerecendo, receberá a maioria dos jogos, enquanto o Norte, sendo a maior região do país, teve direito de apenas uma cidade sede da copa.

Um evento como esse traria bilhões de investimentos grandiosos para as capitais amazônicas, seria uma forma de minimizar o atraso sofrido durante décadas em apenas em alguns anos.

Vale ressaltar que existe vida fora do eixo RIO- SP (Centro-Sul).


quinta-feira, 28 de maio de 2009

500 Anos de Pulos da Cerca


Não é de hoje que padres têm dificuldades em permanecer virgens por toda vida. No século XVIII, segundo estudo da professora Lana Lage, da Universidade Estadual do Norte Fluminense, pelo menos 425 padres brasileiros foram processados pela inquisição por “solicitar”, ou seja, fazer certas propostas às fieis durante confissão. Nos conventos, noviças também sofriam com os males da carne. Mais por fofocas que por registros oficiais, sabe-se que algumas eram chamadas de “gradeiras” (safadxënhas –q). É que, como os claustros eram fechados por grades, o jeito era consumar o ato pelos vãos das grades (elas atoravam péringon). Sobre os capelães dos engenhos de cana-de-açúcar do Nordeste, Gilberto Freyre, autor de Casa Grande & Senzala, chegou a dizer que alguns deles tinham a função de fazer as escravas procriarem (Aham Claúdia, senta lá!). “O Freyre exagera. Os padres do baixo clero que ganhavam mal e exerciam funções burocráticas do governo, tinham uma vida comum à das classes populares portuguesas, com mulheres e filhos”, diz Luiz Geraldo da Silva, professor de História da Universidade Federal do Paraná. A exigência do celibato (ausência de sacanagem), instituída no ano 1123, só passou a ser rígida no século XIX, quando a Igreja Católica, separada dos poderes do governo, resolveu distanciar-se da vida comum em busca de uma imagem sagrada, angelical, comportadinha.

A ARTE DE INSULTAR


Embora possamos insultar os outros com gestos e atitudes, o gesto genuíno, o bom insulto é sempre verbal. Afinal dispomos de palavras humilhantes que equivalem a projéteis sonoros. Na nossa cultura as palavras mais utilizadas estão geralmente direcionadas a pouca inteligência. Portanto, aqui segue uma lista de 4 insultos e suas origens popularmente usados pelo povão!


IDIOTA: Quase cinco séculos antes de Cristo, o estadista e general grego Péricles (495-429 a.C.) classificou de idiotes ( de idios: "separado", "privado") os cidadãos que se ocupavam exclusivamente com seus assuntos particulares e não se envolviam com os problemas de Atenas. A participação nas decisões coletivas era a essência da democracia ateniense. Os que desertavam desse poder cívico eram, muito naturalmente, olhados com desprezo e o vocábulo logo passou a ser usado como insulto. Além de designar os maus cidadãos, idiotes terminou englobando também a idéia de alienação do mundo concreto e real. Quando chegou a Roma, que trataria de difundi-lo pela Europa, o termo "idiota" já estava ligado, como hoje, à ignorância ou à de debilidade mental.


IMBECIL: No sentido original que tinha no latim, o vocábulo imbecillis significava "fraco", "frágil". A decisão de um juiz, o estado de espírito de um governante, uma mulher, uma criança pequena, a saúde de um cidadão - tudo isso poderia ser qualificado de imbecil (as mulheres são classificadas até hoje! BRINKS), nesse sentido primitivo do termo. Pouco a pouco a partir do século XVI, a palavra vai-se limitando a indicar a "fraqueza da inteligência".


CRETINO: Veio de "cristão" (coincidência?! rs). Em certos vales isolados dos Alpes suíços, na Idade Média, a ausência de iodo na comida fez surgir muitos indivíduos deformados, com inteligência reduzida, quase anões, mirrados, pálidos e com a pele murcha. Para que a população os tratasse com compaixão, os padres da região lembravam que essas infelizes criaturas (nossa! que ajuda hein?!!) também eram filhos de Deus, eram "cristãos" - em francês chrétien; no dialeto da região, cretin. A partir do século XIX, tornou-se uma das formas preferidas de insultar a inteligência alheia.


CANALHA: O insulto preferido de Nelson Rodrigues veio do italiano canaglia, literalmente "cachorrada" (de cane, "cão") e designava, no seu sentido primitivo, a plebe, a ralé, a gentalha. Hoje o termo perdeu o seu valor coletivo e passou a ser um insulto individual, tendo adquirido o sentido de sujeito vil, traiçoeiro, sem princípios e sem caráter, ou até mesmo como integrante do PSDB!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Paradoxo da Modernidade Digital



Informação imediata, espontaneidade, comunicação facilitada. A era da velocidade. É nela que o homem moderno está inserido. O grande avanço tecnológico ocorrido no século XX, em especial a internet, provocou mudanças estruturais na sociedade atual. Tais processos tornaram-se um meio de aproximação entre povos. Entretanto, o modo defasado de distribuição dessa tecnologia tem contribuído para um afastamento maior entre as pessoas, criando um verdadeiro paradoxo da modernidade digital.

No momento em que o progresso tecnológico atingiu a troca de informações, foi possível diversificar os conteúdos transmitidos e acelerar as interações entre membros de diferentes partes do mundo. Foram rompidas barreiras nacionais e iniciou-se a criação de um modo de pensar global.

Apesar da criação desta cultura mais homogênea, só participam desse processo os indivíduos que podem pagar o preço por todo este serviço. Como a divisão de renda básica é extremamente desigual, vemos que apenas uma minoria privilegiada pode usufruir desta globalização, atenuando um abismo social já existente e ocasionando um fenômeno conhecido como “apartheid digital”.

Além do afastamento causado pelas desigualdades econômicas, existe um isolamento individual por causa de uma supervalorização dos contatos realizados por computador. Os usuários estão trocando o contato direto com os amigos da escola, por exemplo, por longas conversas com amigos virtuais. Ou seja, cada um fica sozinho com seu computador fragmentando a própria comunidade.

Então, ao analisarmos os efeitos da inserção do computador nos meios de comunicação, vemos a formação de um paradoxo digital formado pela junção de um progresso da globalização com um de exclusão social. E é preciso quebrar este paradoxo promovendo uma integração dos excluídos neste processo de globalização para trazer um desenvolvimento merecedor deste novo milênio.