quarta-feira, 27 de maio de 2009

Paradoxo da Modernidade Digital



Informação imediata, espontaneidade, comunicação facilitada. A era da velocidade. É nela que o homem moderno está inserido. O grande avanço tecnológico ocorrido no século XX, em especial a internet, provocou mudanças estruturais na sociedade atual. Tais processos tornaram-se um meio de aproximação entre povos. Entretanto, o modo defasado de distribuição dessa tecnologia tem contribuído para um afastamento maior entre as pessoas, criando um verdadeiro paradoxo da modernidade digital.

No momento em que o progresso tecnológico atingiu a troca de informações, foi possível diversificar os conteúdos transmitidos e acelerar as interações entre membros de diferentes partes do mundo. Foram rompidas barreiras nacionais e iniciou-se a criação de um modo de pensar global.

Apesar da criação desta cultura mais homogênea, só participam desse processo os indivíduos que podem pagar o preço por todo este serviço. Como a divisão de renda básica é extremamente desigual, vemos que apenas uma minoria privilegiada pode usufruir desta globalização, atenuando um abismo social já existente e ocasionando um fenômeno conhecido como “apartheid digital”.

Além do afastamento causado pelas desigualdades econômicas, existe um isolamento individual por causa de uma supervalorização dos contatos realizados por computador. Os usuários estão trocando o contato direto com os amigos da escola, por exemplo, por longas conversas com amigos virtuais. Ou seja, cada um fica sozinho com seu computador fragmentando a própria comunidade.

Então, ao analisarmos os efeitos da inserção do computador nos meios de comunicação, vemos a formação de um paradoxo digital formado pela junção de um progresso da globalização com um de exclusão social. E é preciso quebrar este paradoxo promovendo uma integração dos excluídos neste processo de globalização para trazer um desenvolvimento merecedor deste novo milênio.


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